Com a temporada se aproximando do fim e os participantes do Super Bowl já definidos, os prêmios individuais serão anunciados nesta semana.

Neste presente artigo iremos falar dos candidatos a Most Valuable Player (MVP) da temporada 2021/2022. Aaron Rodgers, vencedor do prêmio na temporada passada, entra forte na disputa desse ano também. O jogador teve mais uma temporada soberba, porém a disputa é acirrada, já que outros jogadores fizeram suas temporadas da vida. Lembrando que o último vencedor que não atuava na posição de QB foi Adrian Peterson, RB do Minnesota Vikings no ano de 2012. Vamos ao nosso top 5:

Aaron Rodgers (QB) – Green Bay Packers

(Foto: Patrick McDermott/Getty Images)

Apesar do número relativamente baixo de jardas aéreas (4.115) em relação a outros QBs na temporada, Rodgers foi mais uma vez importante para o desempenho do seu time na regular. Depois de uma primeira semana terrível, o jogador virou a chavinha para decidir e aniquilar jogos cruciais para sua equipe. Jogos contra 49ers, Cardinals (principalmente) e Rams são destaques dessa campanha de Rodgers.

Pesa também o fato de que sem ele o time não teria esse ataque poderoso, tampouco o melhor recorde da liga. A diferença absurdo de número de TDs (37) para o de interceptações (4) mostra como esse ataque era esmagador nas mãos dele e raramente entregava a bola para os adversários. Se a gente não contar o duelo contra o Saints na semana 1, o jogador passou a temporada inteira sendo interceptado apenas DUAS VEZES, um absurdo. Rodgers termina a temporada com um rating de 111.9.

Tom Brady (QB) – Tampa Bay Buccaneers

(Foto: Kevin C. Cox/Getty Images)

Absolutamente impressionante o que esse senhor no auge dos seus 44 anos conseguiu fazer durante a temporada. Foram absurdos 43 TDs e 5.316 jardas aéreas, com 68% de aproveitamento no acerto dos passes e 102.1 de rating. Não precisa dizer muita coisa. O time levou a divisão sul com certa tranquilidade, alcançando 13 vitórias de 17 jogos. E com essa campanha conseguiu também a segunda colocação geral na conferência americana.

E conseguiu isso com uma temporada de certa forma conturbada dentro do vestiário da sua equipe. Com algumas peças importantes lesionadas, todo o problema envolvendo Antonio Brown literalmente abandonando o time no meio do jogo, além de mais uma vez não ter vencido o Saints em regular (inclusive levando shutout na semana 15). Caso vença, com certeza será com méritos. Nada mal aposentar sendo MVP, não é mesmo?

Cooper Kupp (WR) – Los Angeles Rams

(Foto: Kevin C. Cox/Getty Images)

Sim, improvável um wide receiver levar o MVP, diria quase impossível. Ainda assim, o jogador fez história na temporada. Não alcançou as 149 recepções de Michael Thomas na temporada de 2019, porém outros números são espantosos. Foram 1.947 jardas recebidas, média de 13.4 jardas por recepção, 16 TDs, 30 recepções acima das 20 e 9 acima das 40.

Alguns disseram que os números seriam um pouco inchados, por causa da temporada com um jogo a mais, no entanto isso não diminui o que o melhor WR da NFL fez. Foi de longe a principal arma ofensiva do ataque dos Rams, hoje finalista da NFL. Merece ao menos ser lembrado para a disputa de jogador mais valioso da temporada.

Jonathan Taylor (RB) – Indianapolis Colts

(Foto: Justin Casterline/Getty Images)

Sim, temos um running back da AFC sul na corrida para MVP. Não, não é Derrick Henry, surpreendentemente. Mas surpreendente também foi essa temporada de Jonathan Taylor. O jogador foi o mais jovem a conseguir acima de 2000 jardas de scrimmage na história da liga, liderou em jardas terrestres (1.811) e TDs (18), além de ter quebrado vários recordes dentro de sua franquia.

Na semana 18 o Colts acabou derretendo, ainda que só precisasse de uma vitória simples contra o fraco Jacksonville Jaguars. Falhou na missão de alcançar playoffs, mas a temporada de Taylor não pode ser esquecida, pois o Colts só deu uma guinada na temporada graças ao RB. Difícil ganhar, já que nem o próprio Henry com mais de 2.000 jardas terrestres conseguiu. Mesmo assim, vale a menção.

Joe Burrow (QB) – Cincinnati Bengals

(Foto: Scott Winters/Icon Sportswire via Getty Images)

A matemática é simples: Bengals sem Burrow = pior time da divisão, já com Burrow = campeão da divisão. Obviamente o elenco melhorou demais com a adição de outras peças e o WR calouro Ja’Marr Chase foi a válvula de escape do QB. Ponha também nessa conta Zac Taylor, que coordenou a campanha maravilhosa levando o time ao Super Bowl. Porém, mesmo com a boa ajuda, sem Joe Burrow, o time jamais alcançaria tais feitos.

Foram 4.611 jardas, 34 TDs, 70% de aproveitamento nos passes e 108.3 de rating. Números ótimos que ajudaram o time na campanha de 10-7 na temporada. Os Bengals não eram relevantes dentro da AFC Norte há uns bons anos, mas Burrow mudou o status da franquia em pouquíssimo tempo. Isso vindo de uma lesão séria da temporada passada. Um baita comeback, merecido estar ao menos nessa discussão.

Menções honrosas: T.J. Watt, Josh Allen, Patrick Mahomes e Deebo Samuel

Ramon Souza
Estudante de jornalismo. Gosto de comentar sobre tudo. Minhas preferências são esportes, cinema e música. Ávido por esportes americanos, acompanho as 4 grandes ligas. Na NFL sou torcedor do New Orleans Saints, pois possuo fortes tendências ao masoquismo.

    You may also like

    Leave a reply

    O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

    More in:Artigos