Fala galera! Hoje inauguramos uma série de textos que vai apresentar quem, na opinião dos redatores do No Flags Brasil, são os 10 melhores de cada posição para a temporada de 2020. Esses rankings sempre geram debates e tem muitos componentes pessoais. É importante deixar claro que o critério é o momento. A carreira do atleta conta, mas o mais relevante é com ele chega para a temporada que se aproxima. Esclarecido isso, vamos para o top 10 de Wide Receivers para 2020.

Menções honrosas: Kenny Golladay (Detroit Lions); Allen Robinson (Chicago Bears); Stefon Diggs (Buffalo Bills); Chris Godwin (Tampa Bay Buccaneers).

10. Keenan Allen (Los Angeles Chargers)

Estatísticas em 2019: 104 recepções em 149 targets, 1.199 jardas, 6 TDs, 11.5 jardas por recepção.

Abrindo nosso top 10, temos aquele que talvez seja o melhor corredor de rotas dentre todos. A capacidade que Allen tem de conseguir separação de seu marcador com rotas limpas, cortes secos e movimentação perfeita fazem dele um WR extremamente sólido e confiável. As lesões têm atrapalhado um pouco sua carreira e a incerteza na posição de QB para os Chargers em 2020 pode ser um empecilho. Apesar disso, seja Tyrod Taylor o starter under center ou seja o calouro Justin Herbert, Keenan Allen pode ser a arma que dará segurança a qualquer um dos dois.

9. Amari Cooper (Dallas Cowboys)

Estatísticas em 2019: 79 recepções em 119 targets, 1.189 jardas, 8 TDs, 15.1 jardas por recepção.

Cooper teve um bom início de carreira, formando a dupla AC/DC com Derek Carr no então Oakland Raiders. A despeito do sucesso, em meio à reformulação promovida Jon Gruden (que também “despachou” Khalil Mack), Cooper foi trocado e passou a jogar pelo Dallas Cowboys. No “America’s Team”, em um ataque com Dak Prescott, Zeke Elliot e uma boa OL, seu desempenho melhorou ainda mais. E tem tudo para continuar melhorando. Em 2020, além das estrelas, dividirá o corpo de recebedores com o bom Michael Gallup e o calouro CeeDee Lamb um dos melhores prospectos do último NFL Draft,

8. T.Y. Hilton (Indianapolis Colts)

Estatísticas em 2019: 45 recepções em 68 targets, 501 jardas, 5 TDs, 11.1 jardas por recepção.

As lesões e o fato de ter Jacoby Brisset como QB acabaram afetando o último ano de T.Y. Hilton. Mas seus anos de parceria com Andrew Luck mostram é um WR de muito talento e uma arma especialmente em jogadas de longa profundidade. Para explorar essa sua valência, nada melhor que voltar a ter um bom quarterback e, especialmente, um passador com aptidão para lançamentos longos. Além disso, a OL dos Colts – uma das melhores da NFL – vai dar tempo para que Philip Rivers aguarde o desenvolvimento das rotas de T.Y. e encontre-o em boas situações. Estando saudável, tudo conspira para que Hilton volte a brilhar em 2020.

7. Odell Beckham Jr. (Cleveland Browns)

Estatísticas em 2019: 74 recepções em 133 targets, 1.035 jardas, 4 TDs, 14 jardas por recepção.

Odell teve um início de carreira extremamente promissor no New York Giants. Contudo, lesões e principalmente problemas de comportamento fizeram com que as expectativas sobre ele não se concretizassem (pelo menos por completo). A mudança para o Cleveland trouxe novos ares mas o desempenho e a sintonia com Baker Mayfield ainda não convenceram. Para 2020, com uma nova comissão técnica nos Browns e com o desenvolvimento que se espera de seu QB, o que se imagina é que OBJ volte a ser o cara das recepções mágicas que marcam sua carreira.

A lendária recepção de OBJ já completa 5 anos e agora o WR tem que se provar nos Browns para continuar frequentando esse ranking.

6. Davante Adams (Green Bay Packers)

Estatísticas em 2019: 83 recepções em 127 targets, 997 jardas, 5 TDs, 12 jardas por recepção.

Depois de um início de carreira com pouco brilho, Adams se tornou o alvo preferido de Aaron Rodgers (especialmente depois da saída de Jordy Nelson). Desde então foram boas temporadas, em números e em desempenho. Para 2020, seguirá sendo o único grande wide receiver da equipe de Green Bay, o que significa trabalho pesado e marcações duras para Adams. Nada que ele já não tenha enfrentado e não tenha provado que pode lidar.

5. Mike Evans (Tampa Bay Buccaneers)

Estatísticas em 2019: 67 recepções em 118 targets, 1.157 jardas, 8 TDs, 17.3 jardas por recepção.

Mais um produto daquela maravilhosa classe de recebedores do NFL Draft de 2014, Evans esteve a serviço dos Bucs e desde então, ano após ano, vem se consolidando como um dos WRs mais regulares da Liga. Sua combinação de altura, velocidade e capacidade de recepção fez com que ele acumulasse mais de 1.000 yds em cada um das suas 6 temporadas na NFL. Para 2020, Evans terá que se entrosar com seu novo “passador”, que é ninguém menos que Tom Brady.

4. Tyreek Hill (Kansas City Chiefs)

Estatísticas em 2019: 58 recepções em 89 targets, 860 jardas, 7 TDs, 14.8 jardas por recepção.

Velocidade e versatilidade são as grandes características de Tyreek Hill. Já fez as vezes de retornador de punt e kickoff, já teve snaps como running back e diversas vezes atua em jogadas alternativas (jet swip, end around, etc). Por isso, tornou-se – junto com Travis Kelce – um dos principais alvos de Patrick Mahomes. E essa conexão tem tudo pra se tornar ainda mais produtiva em 2020.

A 3ª pra 15 que consagrou a conexão Mahomes – Tyreek Hill no último Super Bowl.

3. DeAndre Hopkins (Arizona Cardinals)

Estatísticas em 2019: 104 recepções em 150 targets, 1.165 jardas, 7 TDs, 11.2 jardas por recepção.

Qual vai ser o impacto da mudança de equipe para o desempenho de DeAndre Hopkins? Dificilmente vai ser um impacto negativo. O talento, as mãos extremamente habilidosas e confiáveis e a capacidade de executar recepções contestadas agora estarão a serviço de Kyler Murray. Ter a companhia da lenda Larry Fitzgerald pode fazer com que o “Nuk” se desenvolva ainda mais. Olho nesse Arizona Cardinals.

2. Julio Jones (Atlanta Falcons)

Estatísticas em 2019: 99 recepções em 157 targets, 1.394 jardas, 6 TDs, 14.1 jardas por recepção.

Um dos recebedores mais talentosos da Liga, capaz de vencer os duelos mais físicos contra os DBs, J. Jones já tem uma carreira consolidada e entra ano, sai ano, continua estando sempre presente nos rankings de melhores WR. O único asterisco no desempenho do recebedor dos Falcons é a “baixa” média de TDs marcados. São 57 em 125 jogos como titular. Apenas uma temporada com 10 ou mais TDs (no longínquo ano de 2012). Mas nada que desabone sua qualidade e seu talento, que são indiscutíveis.

Para 2020, Julio Jones vem para mais uma temporada de sua parceria com Matt Ryan. É mais uma oportunidade (embora a chance seja remota) de tentar concluir o que essa dupla começou lá no Super Bowl LI. A volta de Dirk Koetter em 2019 já ajudou a melhorar o desempenho do ataque e certamente vai ser fundamental para Jones ter um bom desempenho em 2020.

1. Michael Thomas (New Orleans Saints)

Estatísticas em 2019: 149 recepções em 185 targets, 1.725 jardas, 9 TDs, 11.9 jardas por recepção.

A carreira de Michael Thomas é irretocável. São 4 anos desde que foi escolhido pelos Saints na posição #47 do NFL Draft de 2016. Estatisticamente, são números impressionantes. Todas as temporadas com mais de 90 recepções e mais de 1.100 yds. Mais do que isso, criou uma excelente conexão com o QB Drew Brees, elevando o nível do ataque da equipe da Louisiana.

Em 2019, o auge dessa conexão. Thomas quebrou o recorde de recepções em uma única temporada (149), além de computar 1.725 yds. Muitas dessas jardas vêm depois da recepção – foram 583 em 2019 – o que é destacadamente uma das muitas boas qualidades que Thomas possui como recebedor.

Para 2020, será complicado que Michael Thomas consiga repetir os números e o desempenho de 2019. Ainda assim, trata-se de um recebedor muito versátil e com potencial para manter o excelente nível e caminhar para uma carreira consagrada.

Tobias Conti
Gaúcho, 28 anos, morador de Porto Alegre e pai da Cecília. Torço pro Grêmio e, segundo minha esposa, pra times de protesto: Racing Club, St. Pauli e Arsenal. Amo o futebol americano e o New York Football Giants (contraditório, não?!). Curto absolutamente todos os esportes. Nas horas vagas, sou professor de história em escola pública e estudo a relação entre política, história e esporte.

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