Em toda temporada, temos times que mudam de rendimento ao passar das semanas, sejam se aperfeiçoando ou caindo de qualidade. E o principal exemplo deste ano foi a equipe do Chicago Bears, que começou sua campanha muito bem – chegando a liderar sua divisão após 6 semanas – porém agora se encontra em uma sequência de 6 derrotas seguidas e cada vez mais longe seu sonho de chegar nos playoffs.

Começo animador

As primeiras semanas da equipe foram extremamente animadoras, conseguindo uma sequência de 3 vitórias seguidas. E entre elas, duas viradas heroicas, ambas no último quarto, sendo uma contra o Detroit Lions na semana 1, e a outra conduzida por Nick Foles contra a equipe do Atlanta Falcons na semana 3. E para iludir de vez os torcedores, ainda veio o triunfo contra o Tampa Bay Buccanneers de Tom Brady e Cia em eletrizante partida ocorrida na Flórida. O que fez com que muitos comprassem a ideia de que os Bears poderiam ir longe nessa temporada.

Jogadores do Chicago Bears comemorando vitória de virada no último quarto contra a equipe do Detroit Lions na semana 1 da temporada regular.
Foto: Rey Del Rio/Getty Images.

O fim da ilusão

O ponto de virada trágico para a equipe de Chicago foi a derrota contra o Los Angeles Rams na semana 7. Desde então, os Bears não conseguiram vencer nenhum jogo e amargam uma campanha 5-7 empatados na lanterna da divisão com o Detroit Lions, time que derrotou a franquia de Illinois na última semana.

O principal problema dos Bears é o ataque, principalmente o péssimo rendimento do jogo corrido. O jogo contra o Lions, na semana 13, foi a primeira desde o duelo contra o Colts, na semana 4, que a equipe conseguiu 100 jardas terrestres. E sem o jogo terrestre se encaixar, o jogo aéreo é forçado a se expor mais e aí entra mais um problema: os quarterbacks. Nick Foles assumiu a titularidade de vez após a bela partida contra o Atlanta Falcons, porém, em nenhum momento, ele se mostrou o mesmo jogador que conduziu os Eagles a um Super Bowl em 2017. E seu reserva, Mitchell Trubisky, dispensa comentários: é um dos maiores busts dos últimos anos, e agora reassume o comando da equipe depois da lesão sofrida por Foles no Monday Night Football contra o Vikings.

O Head Coach Matt Nagy também é um dos principais culpados pelo fracasso dessa temporada, tendo tomado diversas decisões de chamadas infelizes nas partidas que colocaram a equipe em péssimas situações, resultando efetivamente em derrotas. O técnico está longe de ser o mesmo que foi eleito Coach of the Year no ano de 2018, e isso refletiu diretamente no rendimento da equipe para a temporada de 2020.

O que esperar agora?

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Os Bears têm uma sequência ingrata para as últimas 4 semanas da temporada: Texans em Houston, Vikings e Jaguars em Chicago e terminando a temporada contra o Packers em Green Bay. Packers lidera sua divisão com uma campanha de 9-3 e Vikings tem 5 vitórias nos últimos 6 jogos, Texans e Jaguars também estão muito mal nessa temporada e são as únicas partidas para o resto do ano que a equipe pode entrar com certo otimismo.

A dura realidade é que os Bears não brigam por mais nada esse ano. Começaram bem o ano e iludiram muitas pessoas que compraram a ideia de que uma boa defesa poderia carregar esse time a uma boa campanha nos playoffs e agora são forçados a ver esse trágico fim de temporada. Agora resta a franquia se programar para 2021: mudanças devem acontecer no staff do time, principalmente nos responsáveis pelo ataque, que podem acabar perdendo seus empregos – inclusive o próprio Matt Nagy vai estar no meio de muitos rumores nessa próxima offseason.

Será que os Bears devem tankar na próxima temporada para tentarem conseguir uma boa escolha de draft e reconstruir o time? Confira, no nosso texto, uma análise profunda sobre o assunto.

Lucca De Biase
Recifense estudante de administração, sempre amei esportes e em principal futebol americano. Fanático pelo Philadelphia Eagles e pelo Santa Cruz, tenho também um espaço reservado para o Chelsea no meu coração. Acredito que a vida sem esportes, definitivamente não iria valer a pena.

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