A classe de QBs de 2021 já tem dois queridinhos: Trevor Lawrence e Justin Fields. Entretanto, um outro quarterback tem ganho atenção nos últimos tempos: Trey Lance, de NDSU.

Sim, é um quarterback que faz parte da segunda divisão do college football. As dúvidas geradas por conta do nível de competição são normais e compreensíveis. Contudo, olhando o tape, vemos que estamos falando de um excelente prospecto, e que seu lugar não é a segunda divisão. Sua disparidade técnica para os demais jogadores é gigantesca e parece que ele está jogando contra crianças. Seus números também são absurdos. Foram 28 Touchdowns lançados e ZERO intereceptações em 2019, além de ter anotado outros 14 Touchdowns corridos.

O que Trey Lance faz bem?

Embora ainda seja um redshirt sophormore, já tem boa leitura pré snap e boa antecipação nos passes. Seu passe em profundidade tem precisão e sua capacidade de ganhar jardas pelo chão é bem relevante.

Sua força no braço é boa, sendo capaz de lançar a bola em todos os níveis. Tem baixíssimo número de turnover-worthy plays em seu jogo, o que reflete no fato de ele não ter interceptações. Outro ponto positivo em Lance é que ele se mantém firme no pocket até o último momento e consegue se manter calmo mesmo sob pressão.

O que ele precisa melhorar?

Apesar de poucas falhas, elas existem. A primeira e que mais incomoda enquanto vendo seu tape é que em vários momentos ele trava na primeira leitura. Há de se levantar que isso pode ser uma questão esquemática, já que em vários momentos ele tem apenas one half read. Isso, Deivis Chiodini, do Ontheclock, demonstra muito bem em sua análise:

Conclusão

Quem acompanha mais de perto, além dos torcedores dos times que provavelmente brigarão pelo topo do draft, já estão acostumados a ouvir falar de Trevor Lawrence e de Justin Fields. Ambos são excelentes prospectos, contudo, vindo de um 2019 em qual Lance jogou em um nível altíssimo, esperava-se que seu nome fosse mais ventilado no topo da classe junto com os outros dois.

Obviamente, o fato de jogar na segunda divisão o atrapalha, porém, fica a expectativa para ver se ele irá manter o nível que teve em 2019 e ascender rumo a uma escolha de topo do draft, se irá regredir ou talvez nem se declarar.

Estamos, ainda, há 10 meses do próximo draft e teremos uma temporada inteira do college para acompanhar ele e ver sua evolução.

Para mais artigos sobre draft acesse a parte da #TumadaTape no No Flags Brasil

Lucas Brogni
Sofro com o Seahawks e com o Corinthians. Não sei o que é ter uma linha ofensiva e nem ter um sistema que favoreça o seu QB.

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